Na "noite paraense", a segunda maratona de shows do FIG 2015, as ordens foram rebolar e bater cabelo. Fafá de Belém e Joelma (Banda Calypso) deram os comandos, dizendo-se "parabucanas" e homenageando artistas locais, de Reginaldo Rossi a Johnny Hooker. Leo e Banda e os olindenses da Ska Maria Pastora abriram a grade com a Esplanada Guadalajara ainda tranquila - ficaria abarrotada mais tarde. Isaar, que se apresentou ontem, voltou ao palco como convidada na performance da Ska, assim como o cantor pernambucano Bruno Lins. Deram voz ao show instrumental do grupo, em muitos momentos cantarolado pela própria plateia - como na homenagem a Dominguinhos e Gonzaga, com Eu só quero um xodó.
Fafá de Belém subiu ao palco às 23h30 e se apresentou com participações de Manoel e Felipe Cordeiro. "Estou nervosa. É muita gente! Essa cidade sempre me emociona muito... E a noite de hoje é do meu Pará! Quando eu sair, quem entrar vai bater cabelo!", brincou ao microfone, se referindo à Banda Calypso, última atração da noite. Fafá apresentou ao público canções do novo disco Do tamanho certo para o meu sorriso - o coração é brega, além de sucessos dos quase 40 anos de carreira. No repertório,O gosto da vida, Sob medida, Abandonada (bastante pedida pela plateia) e Volta, do pernambucano Johnny Hooker, que está no setlist do novo álbum.
Calypso entrou em cena com cerca de uma hora de atraso em relação ao previsto, embora a banda tenha chegado aos bastidores antes mesmo de Fafá se apresentar. "É uma honra para nós tocarmos neste festival tão bacana. Em nossa atual turnê estamos comemorando os 15 anos da banda Calypso, então vamos cantar nossos grandes sucessos e também inéditas", declarou Joelma em entrevista ao Viver (confira na íntegra abaixo).
O público foi ao delírio com uma tirada em sequência dos hits Cavalo manco, Dançando Calypso, Temporal e Isso é Calypso. Presentes atirados sobre o palco eram recolhidos de imediato, a fim de não atrapalharem a coreografia de Joelma - que fez, inclusive, algumas trocas de figurino. Ela preferiu permanecer mais tempo sobre a passarela montada como extensão do palco, mais perto da plateia. "Que friozinho gostoso! Que noite linda, Garanhuns!", pontuava, sob gritos e aplausos. Canções mais novas, como Vamos ficar de bem, também entraram no repertório. Ao fim do show, o público demorou a se dispersar. A véspera de um sábado encorajou, ainda, a migração de boa parte da plateia para os bares locais, onde ocorrem as chamadas " festas after" (pós-shows).
ENTREVISTA >> Joelma, Banda Calypso
Como veem o atual momento da carreira da banda? Acreditam que a popularidade segue em alta? Como avaliam essa fase, após 15 anos de estrada?
Nunca imaginávamos que tudo isso fosse realizar. Só temos que agradecer a Deus e a cada um de nossos fãs por tudo o que aconteceu em nossas vidas neste tempo, vocês são nosso maior presente. Atualmente, estamos divulgando o DVD de 15 anos que acabou de chegar às lojas. Nós gravamos este trabalho lá em Belém (PA) com grandes amigos e uma plateia de 90 mil pessoas, foi incrível, vocês vão amar. E, mais pra frente, vamos divulgar nosso CD em espanhol. Enfim, estamos com muita coisa boa e novidades graças a Deus.
Qual será a próxima novidade do grupo? Quando lançam novo CD (ou DVD) e qual será o tema?
O DVD gravado em Belém acaba de chegar às lojas e, além dele, tem dois CDs também com o repertório. Nele tivemos participações de grandes amigos como Daniel, Calcinha Preta, Ludmila Ferber, Lia Sophia, Viviane Batidão, David Assayag, Edilson Santana, etc. Está lindo, vocês têm que conferir!
Em linhas gerais, qual o significado do público pernambucano para a Calypso? Há algo de especial nos shows realizados no estado?
Eu sempre digo que sou parabucana (risos), metade paraense e metade pernambucana. Todas as vezes que subo no palco em Pernambuco, passa um filme na minha cabeça de quando chegamos aí no começo de tudo e o povo nos recebeu de braços abertos. E até hoje todas as vezes que a gente toca tem público de todas idades, enfim, é um amor e gratidão que sentimos por todo esse Estado que nos acolheu.
Entre as referências (o repertório de artistas que inspiram a banda), há algum pernambucano?
Nossa, somos muito fãs do nosso eterno rei do brega Reginaldo Rossi. Além de grande artista, ele é um irmão que ganhamos e tivemos a honra de ter ele em nosso DVD gravado em Brasília.
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