domingo, 22 de março de 2009

CONTINUACAO DA TRIP 5 PARTE


Quer dizer, é uma mistura de muitos ritmos que a gente chama de calipso. Vamos completar dez anos de banda, e a gente mesmo não sabe qual é o som que a gente tira. Mas quais ritmos você identifica no som da banda?A gente usa um pouco do carimbó, lambada, merengue, cacicó, zouk e até uma pitada do calipso caribenho. Tem uma percussão meio afro. Eu não sabia o que era o kuduro. Quando eu fui para Angola tocar, ouvi o ritmo e disse: “A gente toca isso desde criança. O Calypso toca sem conhecer”. A gente também vai muito em cima do rock, a caixa do twist com uma guitarra do chacundum, outra guitarra de reggae, outra de funk. Coloco sempre duas, três, quatro guitarras em cada música. Quando a gente vê a soma, tá um som legal pra caramba.E onde que entra a guitarrada? É influência também?É sim. Foi o mestre Vieira quem inventou. Ele pegava a música caribenha e solava a melodia com a guitarra no lugar da voz. Ouvi muito ele. Também sou fã do Aldo Sena. Era meu mestre e depois virou parceiro. Mas minha guitarra também tem outras influências, como o Renato, dos Blue Caps, e o guitarrista que acompanhava o Roy Orbinson. Misturei tudo isso e botei a minha pegada.E o processo de conquista da Joelma, como é que foi?Quando vi a Joelma pela primeira vez, eu não falei com ela. Era muito tímido. Eu pensei: “Será que ela é uma pessoa boçal? Eu não vou falar nada para ela não me tratar mal”. Passei reto. Depois ela disse que pensou a mesma coisa de mim: “É muito boçal, nem fala direito com a gente!”. Aí o Kim convidou a gente para almoçar um camarão com açaí num restaurante aqui de Belém. Ele saiu para atender o telefone, eu fiquei na mesa sozinho com a Joelma, e ela começou a conversar comigo. Quando fui levá-la em casa, ela me convidou para fazer o repertório do disco. Eu morava longe demais, e o ônibus ia só até nove da noite. Se perdesse, era só no outro dia às seis da manhã. Eu acabei dormindo na casa dela e fui ficando. Quando vi já tava junto. Foi assim que aconteceu.E estamos juntos até hoje, graças a Deus.

Em Belém existem as rádios de poste, que ficam tocando música em alto-falantes na rua. Eu ouvi dizer que elas foram muito importantes para vocês no começo da carreira. Como foi essa história? Eu me emociono quando me lembro disso. Esses dias agora andando em Belém. passei numa rua e comecei a chorar. De felicidade, de alegria, mas também daquele sofrimento que eu passei no começo. A gente morava na Cidade Velha, num quartinho de quatro por quatro, só tinha uma cama e um fogão. Quando a gente lançou o primeiro disco, eu falei: tenho que parar de gravar como músico de estúdio para divulgar esse CD. Eu saía de casa cedo, às sete da manhã. Não tinha dinheiro pra comer, passava o dia tomando água. Também não tinha dinheiro para pegar ônibus, então ia a pé para as rádios. Se você visse as distâncias, ia ter pena de mim [risos]. Mas não tinha como eles tocarem a gente. Porque, pra tocar numa rádio, ou você está muito estourado ou então você tem que fazer promoção. Pagar jabá?Não chegava a ser jabá, porque não tinha grana. Era armar uma promoção com o diretor da rádio, por exemplo comprar mil camisetas pra sortear. Mas eu estava sempre liso. Não sabia mais o que fazer. Um dia, quando eu ia para casa, eu escutei essas rádios de poste tocando música. Aí tive um estalo. Passeia divulgar nosso disco nessas rádios. Daí a cidade todinha começou a tocar a Banda Calypso nos postes.Em menos de três meses, estavam todas as rádios normais tocando também. Porque as pessoas que ouviam no poste ligavam e pediam nossa música. Eu distribuí de graça 50 mil CDs do nosso primeiro disco, para loja, carro de som, rádio de poste, pro público. Aí a banda estourou no primeiro disco. A gente fazia show e não ficava com o dinheiro. Sobravam R$ 2, 3, 4 mil por semana, a gente fazia CD e dava pro povo.Você está falando das rádios. Mas antes disso você deve ter batido à porta de muitas gravadoras para lançar o disco, né?É, esse disco eu mandei pra muita gravadora. Quando a banda estourou, eu fui numa gravadora famosa de São Paulo.

Um comentário:

  1. joelma minha linda qro q seu dcd seja o dvd do ano com um telao maior q o da celine dion por q eu sei q vc pode vc pode minha flor com todos os sussesos misturados com clips lindos um dvd marcante o show do ano ta todos iriam amar deselo q seja asssim do fundo do meu coraçao um show bem grande com depoimentos mostrando suas roupas seus sucessos bom o melhor schow pra o povo americano saber q a banda calypso pode beijao to esperando nao me decpcione

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